Contribuição da Engenharia na Área da Saúde
por Roberto dos Santos Monteiro em:imagem de http://www.saudehitech.blogspot.com.br
Entre os procedimentos médicos mais temidos pelo ser humano estão os procedimentos cirúrgicos invasivos, e entre estes, pode-se citar as cirurgias cardiovasculares. Na área da saúde, os procedimentos invasivos exigem muita precisão e cuidados em todas as fases do tratamento cirúrgico. Em enfermagem, há a necessidade de ser elaborado um plano de cuidado que contemple intervenções em todas as fases do tratamento cirúrgico
, uma vez que é da seara da enfermagem perioperatória, assistir pacientes antes, durante e imediatamente após a cirurgia (CARVALHO E BIANCHI, 2016). Neste sentido Carvalho e Bianchi (2016) citam que, compõem o período perioperatório os períodos pré-operatório, transoperatório e pós-operatório. De acordo com os mesmos autores, esses períodos ainda podem ser subdividos em:
- Período pré-opertório mediato;
- Período pré-opertório imediato;
- Período transoperatório;
- Período intraoperatório;
- Período pós-operatório imediato;
- Período pós-operatório mediato;
- Período pós-operatório tardio.
Por evento adversos Mendes et al (2005) apud Santana, Melo e Dutra (2013) cita que pode ser definido como sendo: uma lesão ou dano não intencional que tenha resultado em incapacidade, disfunção temporária ou permanente em internação prolongada em consequência do cuidado prestado.
Do Desfibrilador ao Cardioversor, do Raio X (Radiografia) a Ressonância Magnética, da Radioterapia, Quimioterapia ao Acelerador de Partículas, das técnicas de incisão manual ao desenvolvimento do eletrocautério (bisturi elétrico). É provável que num futuro não muito distante, tenhamos que buscar um novo termo, ou atribuir um novo significado ao termo cirurgia (do grego Kheirurgia = "feito com a mão").
É dentro deste contexto que se insere o método robotizado (cirurgia extracorpórea) para realização de cirurgia de revascularização do miocárdio, mais conhecida como cirugia de ponte de safena. Esse método faz uso de um sistema, segundo Gaia (2018), conhecido como circulação extracorpórea.
No método convencional, para a realização do procedimento cirúrgico, faz-se uma incisão no tórax do paciente com comprimento entre 15 cm e 30 cm; o tempo de internação fica entre 7 e 10 dias, já o tempo de recuperação varia entre 4 e 6 semanas, dependendo da condição clinica do paciente. Contudo, no procedimento robotizado, as incisões não ultrapassam 3 cm de comprimento; o tempo de internação do paciente varia de 3 à 5 dias, enquanto que a recuperação do paciente varia em média de 1 à 4 semanas (GAIA, 2018).
Esses fatores permitem reduzir a exposição do paciente a dor e à Infecções Relacionadas a Assistência (IRA), como também reduz custos.
É dentro desse cenário que se observa a importância da atuação dos profissionais de engenharia biomédica e engenharia clínica, responsáveis pelo gerenciamento dos equipamentos, de modo à mante-los em conformidade com as normas específicas, e as exigências do fabricante, buscando garantir sempre seu bom funcionamento, e consequentemente garantir com isso a segurança do paciente e dos profissionais responsáveis pela operação do equipamento.
Referências
- CARVAVALHO, Raquel de; BIANCHI, Estela R. Ferraz. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 2a. Edição. Barueri/SP: Manole, 2016. - (Série Enfermagem);
- GAIA, Diego. Revascularização do Miocárdio. Disponível em: www.drdiegogaia.com.br/apos-o-procedimento?id=17. Acessado em 10 de março de 2018.
- SANTANA, Júlio César Batista; MELO, Clayton Lima; DUTRA, Bianca Santana. Monitorização Invasiva e Não Invasiva: Fundamentação para o Cuidado. São Paulo. Editora Atheneu. 2013.